Freedom, George Michael por George Michael e (belíssima) companhia
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Mindhunter. O tema dos assassinos em série já deram vários filmes memoráveis ao cinema. Off the top of my head lembro-me de Copycat, Se7en, Zodiac (estes dois do Fincher), Natural Born Killers, O Silêncio dos Inocentes, Hannibal, Kalifornia, entre muitos outros.
A nova série da Netflix, produzida por David Fincher e uma tal de Charlize Theron, passa-se numa altura em que o estudo deste tipo de assassinatos por desporto estava nos primórdios. Mais do que ser um bom documento desse início, Mindhunter é uma belíssima série filmada como se de um filme se tratasse - não é por acaso que o notável Fincher assina a realização de alguns episódios. Além de nos fazer perceber mais sobre as mentes perversas de pessoas sem escrúpulos, este acaba por ser um tratado sobre a mente humana, a forma como manipulamos e nos deixamos manipular e nos deixamos ir com certas correntes.
Os excelentes actores e actrizes são fulcrais para tornar tudo mais cativante e convincente, com especial destaque para Jonathan Groff, o protagonista obcecado por perceber a mente dos serial killers com um nome peculiar, Holten Ford (a combinação de duas marcas de carros americanas); e destaque para Hannah Gross, que interpreta a fascinante namorada de Holten. Um bom pedaço de entretenimento que nos faz filosofar como a nossa própria mente funciona é um achado.
O tema da mente humana parece fascinar Fincher e o realizador de Fightclub, Se7en, O Jogo e companhia consegue ser sempre fascinante - como também se viu em House of Cards. Venham mais (ao décimo episódio da primeira temporada só fico com pena por ter de esperar um ano para ver a segunda temporada).