Sobrenatural ao estilo Del Toro mas de pouca tracção em Crimson Peak
Guillermo Del Toro volta ao terror com Crimson Peak: A Colina Vermelha. Tom Hiddleston, Mia Wasikowska e Jessica Chastain são o trio que protagoniza o filme. Que desilusão e desperdício de filme! >> 5/10
Um romance gótico, repleto de fantasia, mistério sobrenatural e alguns sustos. Guillermo Del Toro volta ao que o distinguiu no mundo do cinema, o fantástico, mas com uma história que chega a parecer pobre demais para ser verdade.
O realizador da saga Hellboy e de O Labirinto do Fauno aventurou-se em 2013 num blockbuster (Batalha do Pacífico) mas em ‘Crimson Peak: A Colina Vermelha’ volta ao seu famoso lado ‘negro’, agora na Inglaterra do século XIX.
Mia Wasikowska é a jovem escritora americana que acredita em fantasmas, Edith, que se envolve com o elegante inglês 'dono' de um título, Sir Thomas Sharpe (Tom Hiddleston), Jessica Chastain é a misteriosa irmã de Thomas. O que começa por ser uma visita aos Estados Unidos em trabalho, passa a ser um romance peculiar tal é o magnetismo que une Edith e Thomas. Após o assassinato do seu pai, a jovem casa-se e parte com o seu amor para a casa da família, em Inglaterra.
É na misteriosa casa de Crimson Peek que o sobrenatural e os medos de Edith mais se revelam.
O filme de Del Toro parece ter todos os ingredientes para um romance gótico convincente: óptimos atores, cenários repletos de pormenores perfeitos, efeitos visuais espantosos de um grande realismo e um realizador experiente no género. Mas para grande lamento deste escriba, peca numa história e num enredo sem capacidade de surpreender e nem sequer inclui suspense digno de nota.
No domínio do terror não é verdadeiramente assustador e isso é um verdadeiro desperdício de talentos. Ainda assim, em fotografia é notável e é cativante quanto baste. Mas no que importa não basta.